Cada caneta com que o poeta escreveu, foi o homem quem fez.
Cada papel que a caneta do poeta escreveu, foi o homem quem fez.
Cada mesa que apoiou o papel que a caneta do poeta escreveu, foi o homem quem fez.
Cada cadeira que assenta a bunda do poeta que escreve com a caneta no papel sobre a mesa, foi o homem quem fez.
Cada cigarro que incentiva o poeta a botar a bunda na cadeira para escrever com a caneta no papel sobre a mesa, foi o homem quem fez.
Cada arte escrita pelo poeta, com uma caneta no papel sobre a mesa com a bunda na cadeira fumando um cigarro, foi o homem quem fez.
Cada lágrima caída no rosto de alguém que leu a arte que o poeta escreveu com a caneta no papel sobre a mesa com a bunda na cadeira tragando seu último cigarro, foi o homem quem fez.
Cada poeta que escreve arte, que gera lágrimas em alguém, que leu o que o poeta escreveu com a bunda na cadeira, sem cigarro, sem caneta, sem papel, sem mesa, e sem reconhecimento, sem dinheiro, sem ajuda, sem vida, foi o homem quem fez.
Autor: André Faxas
Foto: Olhares