O homem forte caminha, a árvore olha para ele e ele olha para a árvore, ignorante que é, não vê a beleza e se sente desafiado, seria capaz de derrubá-la apenas com mordidas, mais a ignorância também sabe fazer armas, mesmo que lhe falte à pólvora na hora.
O homem ignorante coçou os testículos, passou a mão na cabeça, e um galho arrancou, riu da árvore e cuspiu de forma que aquele gesto fosse um aviso de que ele iria voltar.
E com o ego acima dos galhos mais altos, ele voltou. Se pos novamente a coçar os testículos, passou a mão na barba e exibiu o galho, só que agora com um ferro afiado na ponta, com a ignorância o batizou, e de machado ele chamou.
[Coitado do escritor, não tem culpa alguma por ter o sobrenome batizado em algo tão afiado].
A árvore ainda parecia o desafiar, e entre olhares confusos o homem mais uma vez foi vencido por sua ignorância, achou melhor corta-la.
Embalou o braço para trás e com força estourou o tronco, com mais alguns embalos já se sentia quase satisfeito, ao ver a árvore se derramar em seiva, embalou mais duas vezes e conseguiu terminar.
Enfim com o peito aliviado ele empurrou.
[Árvore bondosa, porque diabos você sempre obedece à lei da gravidade?]
De forma lenta ela caiu, agora parecia tonta, o homem se sentiu mais forte e olhou para os lados para ver se ninguém mais o desafiava. Notou que não. Então coçou e cuspiu na mão, e foi pra casa descansar.
2 comentários:
Ai, que triste...
Triste é pouco, me dá raiva muita raiva!
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