4 de abril de 2009

Chão de manchas

Vomito palavras inteiras e acabo sempre solteiro.
Trago um cigarro na ponta dos dedos ouvindo o barulho dele se queimar, e te imagino cochichar.
Fico sem tomar banho por mal-humor, e me pinto com tintas para me fazer de palhaço.
Não tenho medo de ficar amontoado pelas cobertas feito um cão sem dono.

Se fiquei com preguiça de limpar a poeira, é porque quero trazer a mobília algo que possa cobri-las.
Tomo café mais do que água, é que é mais fácil fazer do que achar a torneira em meio à louça suja.
A lua é a minha luminária natural, a cortina meu ventilador artificial e o cheiro de café meu aroma sensual.

Perdi o rumo da conversa, não sei se tem alguém ai me ouvindo mais eu estou sentindo que eu não te causei orgulho, que coincidência não é mesmo?




6 comentários:

[ rod ] ® disse...

Palavras boas as suas... no sujo ato... eis o caminho do livre ser.

Abçs,




Novo dogMa:
boeMia...


dogMas...
dos atos, fatos e mitos...

http://do-gmas.blogspot.com/

Paulo Fraga disse...

apaixonado pel texto *.*

Tiago disse...

[Dog] Viva a liberdade, viva o seu comentário, vonte sempre meu caro.

@Paulo Fraga
Valeu cara, volte sempre!

Be Lins disse...

Sempre tem alguém ouvindo, olhando, dividindo as mesmas sensações, paralelamente.
Por acaso passei por aqui,
por acaso, espero que aceite
meu aceno.

Gostei.

Tiago disse...

Oi Bia,tudo bem?
Como chegou até aqui?
Fico feliz que tenha gostado e convido você a voltar sempre.

Bordô disse...

Nem sempre é facil desobistruir nossa alma e libertar nossos fantasmas através de palavras, mas fazes isso com perfeiçao; parabéns! =D



(viu como eu falo bem^^)
hauhauhauhauahuhauah